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Empreendedoras IJ concorrerão ao Prêmio Empreendedor Social 2021

Por Shell Iniciativa Jovem em 13/07/2021

Diante do cenário atual em que vivemos, em razão da pandemia do covid-19, doença que nos obrigou a adotar o distanciamento físico e isolamentos mais rígidos nos momentos de pico, não faltam relatos sobre as dificuldades que os empreendedores estão enfrentando em todo o mundo. Em virtude destas medidas, foi possível notar o congelamento temporal de uma série de atividades econômicas em virtude do crescimento do número de casos.

Mesmo tentando mitigar os danos, os resultados negativos foram visíveis em muitos negócios e a economia ainda levará um tempo para se recuperar. Enquanto algumas empresas foram afetadas em um dos seus setores, observamos muitas delas fecharem suas portas e o desemprego bater recordes em território nacional.

De acordo com pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) no ano de 2019, a participação de mulheres tem crescido no mercado de trabalho, sendo uma parcela destas, gerenciando o próprio empreendimento. Contudo, na contramão desses números, recentemente um estudo divulgado pelo IBGE sinaliza os principais impactos que a pandemia trouxe na vida das mulheres empreendedoras. Cerca de 1,3 milhões deixaram de gerenciar um negócio; 75% das mulheres envolvidas com algum tipo de negócio sofreram com baixas no faturamento; 34% possuem dívidas nas suas instituições e 51% tiveram que solicitar empréstimos bancários para manter o seu negócio.

Pensando nisso, Karla Alessandra, Karina de Abreu e Sophia Prado, sócias fundadoras da ColetivA DELAS, empreendimento de impacto selado pelo Programa Shell Iniciativa Jovem em 2020, criaram o FREELAS. A ColetivA DELAS é um hub criativo que produz experiências, conteúdos digitais e audiovisuais, desde 2016, para impactar mulheres e LGBTs. Já são mais de 70 atividades realizadas, cerca de 9 mil pessoas impactadas, mais de 300 trabalhos gerados especialmente para mulheres e LGBTs e cerca de 1,6 milhões de espectadores dos seus filmes. Entre os projetos estão a mostra de multilinguagens artísticas “Corpos Visíveis: arte e diversidade”, a mostra de cinema independente brasileiro “Cine Diversidade: gênero e sexualidade”, série e filmes como o documentário “Sob o mesmo teto”, que conta a história da Casa Nem, abrigo autogestionado por pessoas em situação de vulnerabilidade no Rio de Janeiro e o FREELAS, plataforma digital que hoje reúne mais de 350 mulheres criativas de todo Brasil  e as conecta com o mercado de trabalho.

A ideia do FREELAS já existia antes da pandemia, mas com as mudanças provocadas pelo momento, toda a operação tanto dele quanto dos demais projetos da empresa precisaram se adaptar. Hoje toda a operação da startup é online, incluindo os eventos culturais e criativos produzidos pelo hub criativo como a Mostra Cine Diversidade e a Corpos Visíveis. Historicamente afetadas pela desigualdade salarial e de oportunidades entre os gêneros, muitas mulheres precisaram deixar seus trabalhos para cuidar dos filhos e idosos da família, outras tantas em situação de violência doméstica se viram em quarentena com agressores. O FREELAS nasce com o intuito de apoiar o empreendedorismo feminino e diminuir esses impactos através da geração de renda. Atualmente a plataforma conta com mais de 350 profissionais criativas cadastradas, tendo realizado contratações de profissionais freelancers de todas as regiões do país, especialmente nordeste e sudeste, incluindo mulheres trans, negras, lésbicas e bissexuais. Além disso, a ColetivA realizou pela primeira vez em formato totalmente online a terceira e a quarta edição da mostra Cine Diversidade e está produzindo a segunda mostra Corpos Visíveis, todas em formato totalmente online, gerando trabalho, renda e visibilidade artistas e produtoras mulheres e LGBTs. Com equipes inteiramente femininas, as mostras contaram também com diversas contratações de profissionais da plataforma FREELAS.

Mas quem é o time responsável por toda essa ação? A ColetivA DELAS possui três sócias fundadoras: Sophia Prado (Diretora executiva), advogada, antropóloga e cineasta natalence; Karla Suarez (Diretora de comunicação), relações públicas, produtora e cineasta da zona norte carioca e Karina de Abreu (Head de conteúdo) comunicóloga, documentarista e produtora carioca. Inicialmente articuladas em rede com demais produtores e grupos para a realização de cada projeto, atualmente a ColetivA conta com uma equipe de seis colaboradoras fixas e duas para oportunidades específicas, além das sócias.

Como próximos passos, a ColetivA DELAS está preparando sua candidatura para o Prêmio Empreendedor Social do Ano em Resposta à Covid-19 – Edição 2021, com o FREELAS que atuou diretamente para minimizar o impacto da COVID-19 especialmente entre as parcelas mais vulneráveis da população, construindo ainda assim um legado que seguirá mesmo após o término da crise sanitária. Acreditamos que iniciativas como essas contribuem para uma sociedade mais justa e transformam o mundo à medida em que geram renda e trazem as mulheres para papéis de liderança.

Quer saber mais sobre a iniciativa e saber como apoiá-las nesta candidatura? Acesse  www.coletivadelas.com e www.freelas.net.br e faça a sua parte!