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Empreendedores da Rede IJ falam sobre as conquistas e os desafios das startups de energia

Per Shell Iniciativa Jovem em 11/02/2022

O programa Shell Iniciativa Jovem tem como um de seus objetivos desenvolver ações para solucionar questões urgentes da sociedade e de áreas estratégicas, como por exemplo os desafios enfrentados pelo setor de energia. Ao longo de mais de 20 anos, diversos empreendimentos de destaque ligados a este segmento passaram pelo programa. 

Entre estes negócios está a Revolusolar, organização sem fins lucrativos fundada em 2015 na comunidade da Babilônia, na Zona Sul do Rio de Janeiro, que promove, por meio da energia solar, o desenvolvimento sustentável em comunidades de baixa renda.

“A Revolusolar é fruto da união das histórias de dois grandes grupos na comunidade. Um formado por técnicos de universidades e de empresas do setor privado relacionadas à energia renovável, do qual eu faço parte; e outro por moradores e lideranças locais que sentiam na pele a dor e a dificuldade do acesso à energia elétrica”, conta Eduardo Avila, diretor executivo da empresa. 

Eduardo Avila, diretor executivo da Revolusolar

O empreendedor explica que a decisão em investir neste segmento veio através da observação dos problemas de acesso à energia enfrentados pelos moradores, tanto em relação ao preço quanto a qualidade do serviço, ao passo que novas tecnologias de energia solar fotovoltaica estavam se tornando cada vez mais acessíveis.

“Apresentamos um modelo descentralizado de geração de energia com a participação do povo, uma solução que gera impactos não só ambientais, como também sociais e econômicos. Algo que as comunidades do Rio e do Brasil como um todo precisam tanto”.

Selecionado pelo Edital de Energia do Shell Iniciativa Jovem em 2020, ano em que a Revolusolar ainda estava se profissionalizando e buscando sustentabilidade econômica para que o projeto pudesse se consolidar e expandir o seu impacto, Eduardo reforça a importância do programa no desenvolvimento da empresa. 

“O IJ foi fundamental para que pudéssemos nos capacitar, testar hipóteses e entender como construir um modelo mais sustentável economicamente e fazer conexões com outros atores do setor que poderiam ajudar a gente nesse caminho. Conseguimos planejar, construir e colocar em operação a primeira cooperativa de energia solar das favelas do Brasil e agora estamos nos preparando para expandir, para fora das comunidades que já trabalhamos, esse modelo”.

Após a passagem pelo programa, a empresa ganhou reconhecimento nacional e internacional, sendo finalista da América Latina no Jovens Campeões da Terra – prêmio global da ONU -, além de ter recebido premiações da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e do Climate Policy Initiative, de inovações financeiras. 

“Diria que o setor de energia está mudando muito. Essa revolução energética solar permite que as pessoas comuns possam empreender, tirar uma ideia do papel e resolver algum problema do seu entorno. Basta se capacitar e estudar bastante, pois é uma área bem técnica”, incentiva.

Instalação de painéis de energia solar, da Revolusolar, na comunidade da Babilônia

Outro negócio de destaque no segmento energético é a Fox IoT, que desenvolve soluções de monitoramento inteligente de transformadores e redes de distribuição, com foco no combate a perdas, qualidade de energia e eficiência do sistema como um todo. O empreendimento localizado na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, também auxilia grandes consumidores a entenderem o seu perfil de consumo e a reduzirem seus gastos.

“Criamos a Fox com uma ideia totalmente diferente da que temos hoje. Nós desenvolvemos um produto para ser uma espécie de tomada inteligente, que acabou ficando muito caro. Então nós pivotamos e utilizamos da mesma tecnologia para entregar algumas informações úteis para distribuidoras de energia”, explica Filipe Carloto, fundador da empresa que também foi selecionada pelo nosso Edital de Energia em 2020.

Filipe Carloto, fundador da Fox IoT

Para ele, participar do Shell Iniciativa Jovem foi fundamental para a Fox IoT desenvolver o seu modelo de negócio e conseguir abertura no mercado. “Foi super importante (participar), visto as capacitações que nós tivemos, aos contatos com empresas parecidas com a gente, com dores semelhantes, o que contribuiu para desenvolvermos melhor o negócio e entendermos como a gente iria entregar uma solução de valor para as empresas”.

Carloto também acredita que o Brasil está vivendo uma grande transição energética e que isso abre oportunidades para as startups que têm a tecnologia como negócio central. Contudo, ter acesso às pessoas que tomam decisões dentro das grandes corporações ainda é um desafio para empresas iniciantes no dia a dia, já que o mercado de energia elétrica e distribuição é bastante regulamentado e fechado.

“Após a participação no IJ fechamos contratos tanto para implantação da solução, quanto para pesquisa e desenvolvimento, que é uma maneira que nós usamos bastante para entrar nas companhias. Também tivemos a conquista da Fox ser reconhecida como uma das startups de energia de ponta do mercado, participando de hubs de inovação e recebendo convites para participar de webinars”.

Para aqueles que estão começando a empreender no setor energético, o principal conselho de Filipe é resiliência para criar uma solução que resolva uma dor. “É ser apaixonado pelo problema e não pela solução, esse é um dos pontos chaves que a gente tem aqui. Nós criamos as coisas para resolver o problema. À medida que a gente resolve, por um custo acessível para o cliente, temos demanda e conseguimos vender, crescer e escalar”, finaliza.

Se você  tem uma ideia ou negócio que contribua para a criação de novas tecnologias e soluções aplicáveis a área de energia, garantindo o acesso a fontes viáveis, sustentáveis e modernas para todos, clique aqui e inscreva-se no programa Shell Iniciativa Jovem até o dia 23 de fevereiro!